16 de julho de 2010

Avenida

Hoje eu quero sentir a brisa em meu rosto. Quero andar pela avenida. Quero sentir os cheiros, os gostos. Quero sair. Sentir-me livre. Hoje quero estar longe das quatro paredes que cercam a limitação de meu quarto. Quero fugir. Fugir com o filho da vizinha. Beijar algumas bocas. Ah, quero andar pela avenida.

Esperem-me! Agora pulo pela janela que sempre deixa o sol entrar. Pulo pelo buraco de onde o vento vem. Pulo para o mundo. Quero andar pela avenida.

Livre. Sim. Já me sinto livre. Como se estivesse na avenida, cheia de cores e flores.

Leve. Estou leve. Pulando pela janela de um quarto branco, brando, sem graça. Descubro o mundo. Descubro a beleza, a leveza. Ah, quero andar pela avenida.

Quero ver o sol clarear, longe dessa janela. Quero ver o sol clarear, lá onde as flores nascem, onde as cores são pintadas. Quero ver o sol que ilumina a avenida. Ah, como quero andar pela avenida.

Sim querido, pela avenida do teu coração. Sim. Do teu coração.

*Ao som de Avenida, da banda Unidade Imaginária.
**Pauta para a 2º Edição Ilustrativa, do Projeto How Deal.



Ganhei em primeiro lugar!
Veja aqui.