Cá estou no mais alto da cidade. Apreciando o horizonte. Anestesiada com o show de luzes, trazido pelo anoitecer da cidade grande.
Perco-me no branco, no azul, e no vermelho, das luminárias, lembrando da cor e do brilho de seus olhos.
Encontro-me aqui. Só. Triste e indefesa, nessa mega-cidade.
Será que você não pode dar um pulo aqui? A atitude me deixa tonta. Preciso de braços que segurem; que me sustentem.
Sabe amor, meus olhos brilham e meu coração pula aceleradamente, ao embalar da paisagem. Mas no fundo, sinto tua falta. Queria tanto te ter aqui. Imagina nós dois juntos, perdidos nessa selva de pedras...
Não vejo a hora de te ver de novo. Já não agüento ter que olhar pela janela. Preciso subir a serra e sentir o vento no rosto, assim como fazíamos aí.
Aqui me sinto tão, presa. Mas ao mesmo tempo, tão inerte a toda essa luz.
Queria você aqui comigo. Ah, como queria.