Andava por ai, sozinha, sem medo de se aventurar. Apenas com uma mochila e uma máquina fotográfica na mão.
Não sabia que uma das suas maiores aventuras sempre esteve ao seu lado, ou melhor, ao lado de sua casa, na casa do vizinho. Sim, sua maior aventura estava lá. Era Pedro, o filho do vizinho.
Pedro era jovem, alto, moreno, de olhos verdes, vizinho e melhor amigo de Clara, a aventureira.
Clara por sinal, nunca havia reparado como o seu amigo-vizinho, a olhava com ternura; brilho; e paixão. Pedro vivia então, um amor platônico. Um amor quieto, suave, e ao mesmo tempo, intenso.
O jovem garoto de olhos verdes, vivia suspirando pelos cantos. Pensando, sonhando, com momentos maravilhosos que poderia ter com a amada. Mas o pobre coitado nunca agia, ficava apenas na ilusão de viver um grande amor.
Clara não era uma garota que vivia grandes amores, mas tinha lá, suas paquerinhas, em meio as aventuras que se metia com o amigo. Tudo isso, para fotografar - seu hobbie e grande paixão.
Viviam assim. Pedro era o braço direito de Clara e Clara era o espaço vazio do coração de Pedro.