Você me lembra Renato.
Não pelo livro que um dia comecei a ler,
mas pela sua presença e domínio das palavras.
Você me lembra Renato,
mesmo sendo Antônio.
Me lembra poesia,
mesmo fazendo questão de ser racionalista.
Você me lembra textos curtos
com explicações longas.
Você me lembra do inglês que não aprendi
e do pop que nunca ouvi.
Você me lembra a ser como sou,
sendo você mesmo.
Tenso, pouco doce, e quase sempre, intenso.
Você me lembra como ser
bem resolvido.
Você me lembra como entender,
sendo o desentendido.