27 de agosto de 2012

Oração do poeta sem inspiração



Que os deuses do Olimpo criados por minha ânsia sobre as verdades que pairam sobre o ar; que especialmente Baco, deus do vinho, traga a felicidade de uma vida leve e mansa a esta vida que digo ser minha. Que Platão, onde quer que esteja, ajude-me a afastar a gigante pedra que fica a beira de minha caverna, que os monstros das sombras deixem de me assombrar e que o narcisismo que me faz ser mais eu, possa colocar-se a frente das verdades inventadas por outros homens e que eu possa impor somente a minha, a minha ânsia de existência. Invoco aos poetas e aos mais nobres artistas que criaram as musas que se fazem inspirar. Oh céus, será que é pedir muito? Tertuliano Máximo Afonso me proteja! Não quero ser duplicada, quero criar e ser criativa. Oh quarto poder, com seus donos da verdade, faça de mim fonte de inspiração e brisa que emana amor. Oremos!