24 de março de 2012

eles morreram... meus sentimentos

A morte nunca foi tão destemida como estava sendo desde as primeiras horas daquele vinte e um de abril de dois mil e sete. O que antes causava um tremor que espremia a espinha e arrepiava os braços, agora não faz nem cócegas nem medo nem repudio, nada, já não faz nada.
Queria poder explicar tal falta de sentimento, se assim posso dizer. Se houvesse palavras que exprimissem essa alusão essa falta de, talvez eu nem as conhecesse.
Já não sei o que dizer. Fugiram. Fugiram meus planos, medos, desejos... desprazer!
É, não é bom morrer. Desde abril de dois mil e sete, é que tenho esse desconforto. A morte dos meus dizeres e emoções, causaram-me, quando ainda vivia -, agora não mais. Nem mosca a pousar sobre minha sopa me incomoda mais.
... Mortífera morte que sem gosto me ilude, traga de volta o gosto que difere da saliva, traga-me de volta o que em silêncio me roubaste... a vontade de ser e estar. Peço em nome de um segundo murmúrio!, traga-me os gostos para que o amor me tire-os, todos.