9 de julho de 2010

Largada e partida

Cá estou, andando sem rumo, procurando um destino, procurando um lugar quente e seco, para poder me aquecer.
Ando sozinha. Vago sem ao menos, saber aonde chegar.
Sinto frio. Sinto como se o mundo andasse acelerado, e eu, ao contrário, estivesse em câmera lenta.
Já não sei mais o que pensar. Tantos carros. Tantas luzes. Ah, essa cidade.
Sinto-me vazia. Sem maiores pensamentos, ou sentimentos. Já não sei pra que vim, ou pra onde vou. Vivo como um animal. Que vive por seus extintos, sem pensar nas possibilidades ou nas conseqüências.
Já não me reconheço nessa imensidão. Já não sou eu, que carrego esse minúsculo e, quase sem função, guarda-chuva.
Já não sei mais nada.
Por um instante, pensei estar assim, por tua causa. Suas palavras foram duras. Pensei que não ia agüentar. Mas estou aqui. Inoperante. Mas, de alguma forma, ainda estou aqui. Fria. Sem sentimentos.
É. Estou aqui. Vagando sem rumo. Afinal, perdi você. Meu ponto de chegada e de partida.