Diante a janela não consigo ver absolutamente nada. É desesperador. Falta-me ar, falta-me água, falta-me o que comer. Em fotos antigas, vejo meus avós ao lado de grandes coisas, nas fotos há escritos dizendo: "grande árvore, com tuas lindas folhas verdes. (Brasil, 2009)". Fico pensando o que seria aquela tal "árvore". Nunca vi igual. E o que será "verde"? Algum tipo de beleza? Não sei.
Quando saio na rua só vejo cinza. Prédios enormes; grandes veículos. Tudo num só tom, numa só cor. Acho que no tempo dos meus avós existiam outras cores, porque quando leio o antigo diário de minha avó, vejo uma lista de cores. Ela conta dos lindos botos cor-de-rosa. E eu fico pensando o que será que ela quis dizer com isso. [...]
Quando saio na rua só vejo cinza. Prédios enormes; grandes veículos. Tudo num só tom, numa só cor. Acho que no tempo dos meus avós existiam outras cores, porque quando leio o antigo diário de minha avó, vejo uma lista de cores. Ela conta dos lindos botos cor-de-rosa. E eu fico pensando o que será que ela quis dizer com isso. [...]
